domingo, 1 de dezembro de 2013

Reclame

que a valsa portuguesa
não seja a trilha sonora
da despedida sempiterna
para ser a ternura o
presente mais caro entre nós
não papietemos uma máscara
com outra pele em nossas faces
em nossos facebooks
sem truques, traques, trapaças
carapaças ou carapuças
que nos sirvam
comida e amor quentes
conversas em fogo brando
bebidas estupidamente geladas
cabeças inteligentemente frias
versos e carinhos frescos
que sirvamos um ao outro e sempre
que eu te pegue pela mão
que não te tires de mim
nem pra sarro, nem cigarro
pra minh'alma permanecer
incólume à inocência tua
onde a excitação clame
por nossas vidas nuas